De uns tempos para cá um novo termo ganhou holofotes: o Metaverso. Embora tenha ganhado destaque recentemente, o termo não é tão novo assim.

Algumas pessoas acabam definindo Metaverso como parte principal da Web 3.0. Com ele, seremos capazes de criar novos ambientes, nos quais as pessoas poderão se encontrar através de seus avatares, além de realizar diversas atividades – muitas que ainda nem conhecemos.

O que é o Metaverso?

O Metaverso é uma combinação de diversos elementos tecnológicos que incluem realidade virtual, realidade aumentada, vídeos, NFTs, criptomoedas…

Sendo assim, ele possibilita que os usuários vivam dentro de um universo digital. Então, podemos dizer que o Metaverso é uma espécie de mundo paralelo virtual.

As pessoas terão a oportunidade de viver dentro desse mundo através de seus avatares digitais. Esses avatares viverão dentro de casas, participarão de reuniões e por aí vai.

A ideia por trás do Metaverso é que ele seja uma espécie de Internet 3D. Nesse espaço, haverá comunicação, diversão, compras, negócios, shows e muito mais.

Homem trabalhando com óculos de realidade virtual.

Imagine um grupo de dez amigos, cada um vivendo em um país diferente. Eles poderão se encontrar no Metaverso, ouvir música e se divertir.

Em resumo, é um ambiente onde há um senso de presença individual e com continuidade do mundo físico, com as pessoas possuindo identidade, história, direitos, objetos, meios de comunicação e até pagamentos.

Como surgiu o Metaverso?

O termo “Metaverso” é atribuído a Neal Stephenson. A primeira vez que ele apareceu descrevendo essa nova realidade foi no livro “Snow Crash”, no ano de 1992. Assim, o termo surgiu há 30 anos.

Vale destacar que Neal Stephenson trabalhou como consultor da Blue Origin, empresa de astronáutica de Jeff Bezos (criador da Amazon), desde a sua fundação em 2006.

Neal Stephenson.

O Metaverso será capaz de acabar com a realidade?

Um grande debate acerca do Metaverso é se ele será capaz de alienar as pessoas a ponto de fazê-las deixar de viver a vida real para viver somente uma realidade virtual paralela.

A verdade é que ele não substituirá a vida física, mas será uma continuidade dela para diminuir as distâncias e criar um senso maior de realidade durante os encontros.

The Sandbox, um dos maiores Metaversos atuais.

É importante esclarecer que a realidade virtual já está bem definida, mas o Metaverso ainda não. Isso acontece pois não há apenas um Metaverso em construção: várias empresas, comunidades e aplicativos descentralizados estão criando seu próprio Metaverso. A pergunta é: eles poderão coexistir ou, no final, apenas um Metaverso prevalecerá sobre os outros?

Voltando a imaginar se o Metaverso “acabará” com a vida real, pense o seguinte: hoje em dia, a nossa comunicação com o mundo é muito mais digital do que física. Você não precisa ir ao banco, pegar uma senha, enfrentar fila para pedir um empréstimo pessoal para o seu gerente, não é mesmo?

Decentraland é outro Metaverso muito famoso.

A solicitação pode ser feita pelo próprio App e, mesmo que você ainda insista em continuar com uma conta em um banco tradicional, ainda assim pode mandar um WhatsApp para o seu gerente para evitar todo o trabalho do deslocamento.

Até mesmo no nosso círculo de amizade a nossa comunicação é mais virtual do que física. Afinal, passamos mais tempo conversando com nossos amigos nas redes sociais do que presencialmente.

Portanto, o mundo virtual já é uma realidade em nossas vidas. Porém, o Metaverso ainda não é, pois ele será um ambiente mais realístico para que todas as pessoas possam interagir.

Um ambiente muito maior do que a realidade virtual

Um bom exemplo para entender o Metaverso é o jogo Second Lifee, lançado em 2003.

Apesar de ter caído no esquecimento no final dos anos 2000, o jogo apresentava características muito parecidas com a proposta atual do Metaverso.

Em resumo, ele oferecia aos players um espaço virtual interativo, no qual poderiam ser gerados avatares personalizados que permitiam a socialização e o engajamento de diversas atividades.

Second Life, o “primeiro” Metaverso – naquela época, ele não recebeu esse nome.

Conforme já deu para notar, o Metaverso tem um potencial de utilidade muito maior do que a realidade virtual, que já é usada para educação, terapia e até esportes.

Se você voltar aproximadamente uns quinze anos no tempo e falar de um curso de graduação totalmente online, as pessoas iriam achar que com certeza não prestaria, inclusive o diploma teria pouco valor.

Entretanto, a procura por cursos online está crescendo cada vez mais e chegará o tempo em que muitas universidades passarão a oferecer somente cursos online. Aliás, esse tempo já até chegou.

Atualmente, em um curso online você interage com o professor e com a turma através de salas de reunião virtuais. Agora, tente imaginar um avatar seu entrando em uma sala de aula e assistindo uma aula presencial em um ambiente virtual.

Então, pode parecer loucura, mas é justamente essa a diferença do Metaverso para a realidade virtual. Ele será capaz de ir ainda mais além e criar toda uma situação que pareça totalmente real em um ambiente virtual.

Além disso, existem projetos futuristas no mercado como o MetaHero, que conta com uma parceria com a Sony. Desse modo, ele pretende possibilitar que as pessoas se escaneiem para que o avatar seja nada mais, nada menos, do que ela mesma dentro do Metaverso.

Grandes marcas já estão entrando nesse novo mundo

Recentemente, uma notícia que chamou a atenção, não só dos entusiastas do Metaverso, mas de toda comunidade foi a alteração do nome do Facebook para Meta.

Mark Zuckerberg (fundador do Facebook) escolhe a roupa do seu avatar no Metaverso da empresa em vídeo de 2021.

A troca veio para mostrar que a empresa está definitivamente entrando nessa nova onda. Além dela, outras grandes marcas como Adidas também já estão aderindo ao Metaverso.

Isso quer dizer que a proposta já não é vista mais como algo futurista e incabível, mas sim como uma realidade que já está batendo em nossas portas.

Valorização da criptomoeda do Decentraland (MANA) no último ano.

Um bom exemplo disso são as próprias criptomoedas ligadas a esse universo. Elas tiveram uma grande valorização durante todo o ano de 2021, como MANA e SAND, por exemplo.

Embora ainda não se saiba ao certo qual será o ambiente no qual nós nos encontraremos com pessoas de qualquer lugar do mundo, a verdade é que isso não vai demorar para acontecer.

Na década de 90, era praticamente uma utopia imaginar que fôssemos capazes de falar por vídeo com pessoas de qualquer lugar do planeta. Hoje, isso já é uma realidade.

Portanto, não seria de se espantar se, daqui a 10 anos, estarmos construindo nossas casas no Metaverso e encontrando pessoas que há muito tempo só falamos pelas redes sociais.

Conclusão

Em suma, o Metaverso é uma realidade virtual aumentada, que permite que os indivíduos possam viver uma vida paralela em um mundo virtual.

Logo, se você se interessou por esse mercado, abra sua conta na Biscoint clicando aqui.

Acompanhe a Biscoint para aprender mais sobre o mundo cripto:

-> Instagram

-> YouTube

> Blog